EU TERIA VERGONHA

São tantas as polêmicas e coisas estranhas que surgiram neste final de campeonato, que fico imaginando se tudo não passa apenas de fantasia minha, de torcedor apaixonado. Primeiro, o treinador, líder dos atletas,  tem uma crise circense durante o jogo, chuta garrafas, grita com árbitro auxiliar, agride verbalmente o árbitro principal e faz gestos obscenos para a torcida. Em outra oportunidade, o mesmo técnico chama o treinador do América de palhaço por alterar a escalação minutos antes do jogo, e  faz o mesmo no jogo seguinte. Em outra partida, o público pagante em clássico com casa cheia é ridiculamente pequeno. No mesmo jogo, entretanto, a despesa é espantosamente superior a do último clássico. Em seguida, brechas no Regulamento fazem com que não paguem o percentual da renda que já estava surpreendentemente pequena. Limitam o número de ingressos meia-entrada para o América. Reduzem a capacidade do campo de que tanto se orgulham. Inventam uma proporção esdrúxula e irreal para ingressos de cadeira e arquibancada para a carga de ingresso do América. Fazem promoção para ingressos apenas para o torcedor do time deles, ferindo até mesmo o Código de Defesa do Consumidor (outra brecha da lei?). Acho que é melhor parar por aqui. Com certeza não lembrei de tudo. Se apenas pequena parte disso tudo fosse verdade, teria muita vergonha de torcer por esse time. Por maior que fosse a paixão, nunca procuraria justificativas para tal postura. Nem como torcedor, nem como atleta, nem como profissional de imprensa. Não foi isso que aprendi.