POR QUE ADOTIVO? (Fugindo um pouco do futebol)
Um crime bárbaro aconteceu no Rio de Janeiro na semana passada. A imprensa correu para mostrar todos os detalhes, e a informação de que seu autor era filho adotivo logo foi dada. Qual a razão disso? Não acrescentou nada à notícia. Não esclareceu, não elucidou, não informou e não ajudou. Muito pelo contrário. Inúmeros casos ocorrem em que filhos biológicos cometem atrocidades, mas nunca se faz referência a essa condição. Em 2002, Suzane Richtofen arquitetou o assassinato dos próprios pais, e a questão de ser filha biológica não foi levantada - e nem deveria. Por outro lado, ser pai ou filho adotivo nos casos de crimes fantásticos é mencionado de rotina nos meios de comunicação. Trata-se única e exclusivamente de um preconceito. E preconceito que é alimentado toda vez que o fato vem à tona. Certamente faz algumas pessoas hesitarem na hora de adotar um filho. Além disso, atinge a todos os adotivos, particularmente aqueles que estão começando a lidar com esse importante aspecto de suas vidas; que estão formando suas personalidades, época de questionamentos inimagináveis para a maioria das pessoas. No Brasil não é permitido colocar o termo "adotivo" no registro de nascimento de qualquer pessoa. O mesmo deveria ser feito com relação a determinadas notícias que são veiculadas nos meios de comunicação. Enquanto isso não acontece, toda a mídia poderia refletir e fazê-lo por conta própria. Os filhos e pais adotivos agradeceriam a iniciativa.
Concordo e subescrevo esta bela postagem. Parabéns Ricardo.
ResponderExcluirCONCORDO COM TUDO QUE O RICARDO FALOU... E TAM BÉM ACHO QUE SEJA UM POUCO DE PRECONCEITO DA IMPRENSA BRASILEIRA.
ResponderExcluirSem dúvida alguma, Dr. Ricardo está corretíssimo. Que esta mídia possa, por conta própria, refletir sobre este tema.
ResponderExcluir