Hoje não falo de futebol, da Arena América nem da burrinha. Hoje faço uma trégua para homenagear todos os pais, independente da cor da camisa, reproduzindo a crônica que publiquei no Facebook.
MUITO BOM? HAAAMMM!
Esse era meu pai, aquele que atrás de um balcão da Mercearia Padre João Maria nos proveu de comida, estudo, caráter e, sobretudo, amor. Tinha a mania de ensinar isso a todos os meninos que à mesa chegavam: MUITO BOM? HAAAMMM! Essa foi a última cerveja, estava terminal e havia a pouco chegado do hospital. Anoréxico pela neoplasia, pouco antes de partir desejou comer feijoada com pimenta e cerveja, no que prontamente foi atendido... Nesse dia o câncer perdeu pra feijoada, comeu com gosto, como se fora a última refeição, sem contudo, deixar de perguntar aos netos se estava muito bom... Pouco dias depois partiu deixando um vazio nunca preenchido. Hoje deve está comemorando em algum lugar, pois acordei com esse diálogo bem audível... Muito bom? HAAAMMM! Acho que já ensinou aos anjos, né papai?
Ah, ia esquecendo! Um abraço à todas as mães, espacialmente à generosa que gravita pelo Z4 sem bater ninguém... Uma mãe essa burrinha, né?
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