Querida torcida americana, em seu
nome saúdo os demais.
Hoje estamos em festa, enfim é
chegada a hora de entregarmos a primeira etapa da nossa Arena América. Foram
anos de luta e dificuldades que, com amor e perseverança, juntos atravessamos
para anunciar mais um encontro com nosso
destino de glórias. Alegrem-se! Orgulhem-se, meus irmãos peles vermelhas! Fizemos
história ao mostrar para os incrédulos e para o mundo que uma torcida pode sim
presentear seu clube com um belo estádio de futebol.
William Shakespeare escreveu que “a beleza sozinha bastaria para persuadir
os olhos do homem sem necessidade de um orador”, mas impossível nesta hora calar
no agradecimento sincero. Rendo aqui minha eterna gratidão à minha família pelo
conforto nos momentos de dificuldades e, sobretudo, pela compreensão por tantas
horas ausentes do lar quando a serviço da Arena América. Agradeço toda torcida
do Mecão pela paciência, incentivo e efetiva participação. Agradeço, sobremodo,
aos componentes da comissão de construção (já nominados por Dr. José Rocha) que
comigo serraram fileiras com denodo e amor à causa. Seus nomes serão assentados
em placa nas nossas dependências e memória. Agradeço a todos os presidentes do América
(aqui destaco Eduardo Rocha) que em nós confiaram essa árdua e honrosa missão.
Agradeço a todos nossos fornecedores, em especial ao Dr. José Alencar da Costa, homem probo e figura admirável,
presidente da CIC que a despeito de conselhos, acreditou na causa e confiou em
nossa palavra. Por fim registro com letras garrafais meus agradecimento ao
nosso comandante em chefe, Dr. José Vasconcelos
da Rocha, que ao longo dos seus 83 anos esbanjou jovialidade e firmeza na
defesa do nosso sonho; agradeço ao companheiros de todas as horas, engenheiro Francisco Sobrinho, sempre paciente e
solícito aos nossos pedidos e ponderações e finalmente não poderia esquecer a
fiel Érica Maria Batista,
imprescindível à frente da secretaria da nossa Arena desde o início da luta até
hoje quando entregamos a primeira etapa.
Antes de encerrar, gostaria de
dizer que para essa “criança” que hoje entregamos não haverá teste de
paternidade, faltará kit em Natal para esse fim, o pai somos todos nós
que sonhamos, sofremos e executamos juntos, pois tenho absoluta certeza que se,
milhares de anos à frente, arqueólogos estudarem qualquer estrutura desta
edificação encontrarão nosso sangue, suor, lágrima e, quem sabe até DNA de
Dragão.
Por fim, peço a todos que preservem
e concluam esse novo templo do futebol, pois como diria Luís de Camões nos
Lusíadas “Aqueles que por obras valorosas
fizeram história, se vão da lei da morte libertando”...
Sejam bem vindos, essa casa é nossa! Obrigado.
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