22 de março de 2016

A bem da verdade

NOTA OFICIAL DE ESCLARECIMENTO


O América Futebol Clube vem a público, através de seu Presidente, BETO SANTOS, manifestar-se a respeito de colocações feitas à imprensa pelo Coronel Ricardo Albuquerque, Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem da FNF, especificamente quanto ao ocorrido no clássico de ontem, válido pelo campeonato potiguar.

Ao falar sobre a arbitragem do jogo de ontem, o mandatário deste clube centenário não quis – e muito menos o fez – ofender a honra de quem quer que seja, tampouco agredir o cidadão que foi o árbitro da partida. Houve, sim, uma manifestação contumaz do Presidente deste clube ao ver mais uma repetição de erros praticados pela arbitragem contra o América, em detrimento do favorecimento do adversário. Coincidentemente, tais erros também aconteceram no jogo “de ida” do clássico, marcado também por equívocos.

Repudia-se veementemente que este Presidente tenha afirmado ser o árbitro do jogo “criminoso” e “bandido”. Ao imputar tais assertivas ao Presidente deste Clube, o Coronel Ricardo ficaria obrigado a prová-las. Todavia, não é este o enfoque a ser dado; de forma alguma. Não podemos fugir do assunto primordial colocado em xeque: os erros reiterados que merecem reparo da Comissão Estadual de Arbitragem da FNF, a partir de análises e providências cabíveis que devem ser tomadas pela mesma. É isto que se espera desta entidade e este foi o tom de cobrança, de insatisfação, de inequívoca manifestação do pensamento livre e democrático daquele que representa milhares de torcedores. O pedido foi de uma arbitragem responsável e escorreita na aplicação das regras do jogo.

A utilização de figuras de linguagem, como “veto” ou adjetivações típicas do linguajar futebolístico, não deve ser a tônica da discussão, mas sim a observância dos deveres éticos e profissionais de cada um dentro do campo de jogo. Qualquer clube pode e deve exigir a tomada de providências, juntando as provas que achar cabíveis, bem como pode exigir arbitragens “de fora”. Este foi o sentido das colocações deste Presidente; jamais os abordados pelo Coronel Ricardo Albuquerque, Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem da FNF, com o devido respeito que o mesmo merece.

Não se discute se o árbitro tem ou não “família”, posto que não se buscou macular sua imagem, honra e/ou fazer atingir algo à família do mesmo. Todos têm família e, ademais, a família americana merece respeito dos árbitros que vão a campo apitar seus jogos, fazendo-o de forma correta e em observância às regras do jogo. Repita-se: este foi o norte da fala deste Presidente, como não poderia ser diferente.

Certo dos esclarecimentos prestados, a fim de que não paire dúvidas quaisquer que sejam acerca do propalado, nem mesmo de especulações outras e tergiversações acerca de algo simples e corriqueiro, entende-se não ter havido qualquer descumprimento do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD, como finalizou o Coronel Ricardo, que almejou se investir na competência da Procuradoria do TJD e assegurou que o Presidente do América teria “infringido o CBJD”.

Diz-se isto com convicção, pois não se ameaçou alguém, não se incitou ódio ou violência e, sobretudo, não se atingiu a honra do árbitro por fato vinculado ao jogo, conforme acima bem posto, mas sim se cobrou providências daqueles que, à primeira vista, infelizmente não compreenderam a narrativa e preferiram modificar todo o foco e fazer o papel de defesa cega do arbitro, de um modo até acusatório contra este Presidente (ao imputar palavras que não lhes foram ditas sobre o árbitro), saindo do caminho natural de cumprimento de suas competências fiscalizatórias, em que deve pairar a verificação real do que foi falado acerca da partida e do que foi cometido pelo árbitro em campo.

Natal, 21 de março de 2016.

Beto Santos

3 comentários:

  1. O fato de o presidente da comissão de arbitragem ser um Coronel(não sei se da ativa ou na reserva) a autoridade dele dentro do quartel e no exercício de suas atribuições na atividade policial é uma coisa. Fora do quartel e longe de suas atividades policiais, deve despir-se do uniforme para assumir a Comissão de Arbitragem, posto que quando investido destas atribuições o faz como um cidadão comum. Um Coronel dentro do quartel exerce suas prerrogativas previstas na legislação e a elas deve estar jungidas. No momento em que passa a exercer atividades atividades ligadas à comissão de arbitragem, sai o Coronel e entra o cidadão, sujeito aos mesmos deveres e obrigações a que se sujeitam todos os demais cidadãos no regime Constitucional do Estado Democrático de Direito.

    ResponderExcluir
  2. Acho que, querem que o america faça mais ou menos como, por exemplo: Um ladrão(que não é o caso do arbitro) entra em sua casa e voce não toma nenhuma providencia como dar queixa na policia, no caso em questão, o que o nosso presidente fez foi apenas tomar providencias, onde começou pelas palavras que é uma coisa natural de qualquer ser humano quando se vê prejudicado, agora o que estão querendo fazer tanto esse coronel como tambem o presidente do sindicato é inverter a ordem das coisas, ora!, o prejudicado aqui foi o America, nada mais justo do que pelo menos, esses dois que estão se achando os mais entendidos de arbitragem, pelo menos, no minimo, vissem o VT do jogo para tirar as duvidas e não ir logo defendendo, é pura falta de preparo e cada vez mais o que se vê é doação de cargos para despreparados.

    ResponderExcluir
  3. É "muito excesso" de respeito pela otoridade pulicial? ou pela otoridade arbitral?

    Seja como for, não dá pra aceitar árbitros locais. E mais, querer transformar os prejudicadores em algozes do arbitro é uma tentativa ridícula de inverter os papeis.
    PelamordeDeuso!!!

    Daniel de Paula

    ResponderExcluir