NOTA OFICIAL DE ESCLARECIMENTO
O América Futebol Clube vem a público, através de seu Presidente, BETO SANTOS, manifestar-se a respeito de colocações feitas à imprensa pelo Coronel Ricardo Albuquerque, Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem da FNF, especificamente quanto ao ocorrido no clássico de ontem, válido pelo campeonato potiguar.
Ao falar sobre a arbitragem do jogo de ontem, o mandatário deste clube centenário não quis – e muito menos o fez – ofender a honra de quem quer que seja, tampouco agredir o cidadão que foi o árbitro da partida. Houve, sim, uma manifestação contumaz do Presidente deste clube ao ver mais uma repetição de erros praticados pela arbitragem contra o América, em detrimento do favorecimento do adversário. Coincidentemente, tais erros também aconteceram no jogo “de ida” do clássico, marcado também por equívocos.
Repudia-se veementemente que este Presidente tenha afirmado ser o árbitro do jogo “criminoso” e “bandido”. Ao imputar tais assertivas ao Presidente deste Clube, o Coronel Ricardo ficaria obrigado a prová-las. Todavia, não é este o enfoque a ser dado; de forma alguma. Não podemos fugir do assunto primordial colocado em xeque: os erros reiterados que merecem reparo da Comissão Estadual de Arbitragem da FNF, a partir de análises e providências cabíveis que devem ser tomadas pela mesma. É isto que se espera desta entidade e este foi o tom de cobrança, de insatisfação, de inequívoca manifestação do pensamento livre e democrático daquele que representa milhares de torcedores. O pedido foi de uma arbitragem responsável e escorreita na aplicação das regras do jogo.
A utilização de figuras de linguagem, como “veto” ou adjetivações típicas do linguajar futebolístico, não deve ser a tônica da discussão, mas sim a observância dos deveres éticos e profissionais de cada um dentro do campo de jogo. Qualquer clube pode e deve exigir a tomada de providências, juntando as provas que achar cabíveis, bem como pode exigir arbitragens “de fora”. Este foi o sentido das colocações deste Presidente; jamais os abordados pelo Coronel Ricardo Albuquerque, Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem da FNF, com o devido respeito que o mesmo merece.
Não se discute se o árbitro tem ou não “família”, posto que não se buscou macular sua imagem, honra e/ou fazer atingir algo à família do mesmo. Todos têm família e, ademais, a família americana merece respeito dos árbitros que vão a campo apitar seus jogos, fazendo-o de forma correta e em observância às regras do jogo. Repita-se: este foi o norte da fala deste Presidente, como não poderia ser diferente.
Certo dos esclarecimentos prestados, a fim de que não paire dúvidas quaisquer que sejam acerca do propalado, nem mesmo de especulações outras e tergiversações acerca de algo simples e corriqueiro, entende-se não ter havido qualquer descumprimento do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD, como finalizou o Coronel Ricardo, que almejou se investir na competência da Procuradoria do TJD e assegurou que o Presidente do América teria “infringido o CBJD”.
Diz-se isto com convicção, pois não se ameaçou alguém, não se incitou ódio ou violência e, sobretudo, não se atingiu a honra do árbitro por fato vinculado ao jogo, conforme acima bem posto, mas sim se cobrou providências daqueles que, à primeira vista, infelizmente não compreenderam a narrativa e preferiram modificar todo o foco e fazer o papel de defesa cega do arbitro, de um modo até acusatório contra este Presidente (ao imputar palavras que não lhes foram ditas sobre o árbitro), saindo do caminho natural de cumprimento de suas competências fiscalizatórias, em que deve pairar a verificação real do que foi falado acerca da partida e do que foi cometido pelo árbitro em campo.
Natal, 21 de março de 2016.
Beto Santos